Fogueiras inquisitórias e redes sociais digitais: Estudo do caso Fabiane, “A bruxa do Guarujá”

Autores

  • Bárbara Marques PUC Campinas
  • Marcelo Pereira da Silva PUC-Campinas

DOI:

https://doi.org/10.59237/multipli.v10i.495

Palavras-chave:

: Redes digitais; Estudo de caso; Caça às bruxas; Fabiane

Resumo

As emergentes redes sociais digitais têm transformado a disseminação de informações, potencializando o empoderamento dos sujeitos por meio das possibilidades de expressão e vindicação, mas, ao mesmo tempo, aumenta a conflitualidade e a circulação de discursos de raiva e indiferença. Analisamos, por meio de estudo de caso, o fenômeno da caça às bruxas, com foco para o caso Fabiane, “A bruxa do Guarujá”. Inferimos que este tipo de acontecimento colabora com a constituição de uma rede de violência que ganha replicabilidade nas redes sociais digitais.   

Biografia do Autor

Bárbara Marques, PUC Campinas

Graduanda em Jornalismo pela Pontificia Universidade de Campinas (PUC-Campinas).

Marcelo Pereira da Silva, PUC-Campinas

Pós-Doutor em Comunicação.

Doutor em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo.

Bacharel em Relações Públicas e Mestre em Comunicação Midiática pela Unesp de Bauru.

Docente permanente do Mestrado em Linguagens, Mídia e Arte e do curso de Relações Públicas da PUC-Campinas.

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Publicado

2021-09-15

Como Citar

Marques, B., & Pereira da Silva, M. (2021). Fogueiras inquisitórias e redes sociais digitais: Estudo do caso Fabiane, “A bruxa do Guarujá”. Revista Multiplicidade, 10. https://doi.org/10.59237/multipli.v10i.495